sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Luta Artística



      O tempo era chuvoso.
        Eu estava apenas observando os carros passarem enquanto tomava uma grande xícara de café para o meu gênio.
        Daqui a instantes escreveria romance.
        Meu nome é Fernando, e eu sou romancista, na verdade ainda não praticamente falando, nem comecei, desculpe-me a ousadia. No futuro eu sou. No meu sonho eu sou.
        E então eu bebi o último gole e fui para a minha escrivaninha.
        Começo. Um parágrafo. Receio. Lixo. Outro papel. Dois parágrafos. Receio. Lixo. Outro. Quatro parágrafos. Receio. Também é lixo. Agora vai?! Papéis. Melhorei. Um capítulo. Medo. Seu lugar na lixeira.
        Tristeza. Remédio para insônia.
        Cama para sonhar sonhos que desejaria depois escrever. Sei que sonho coisas legais, mas a memória é cruel, pelo menos oniricamente.
        E eu aceito lutar todos os dias contra o bloqueio criativo, contra o medo do público, e do desconhecido. Três contra um. E eu vou lutar até que um dia saia algo pra você poder ter por um tempo na cabeceira da sua cama.

Lucas Pestana

Instagram e Facebook: @lucaspestana702

2 comentários:

  1. O fato de não desistir...já o tornou grande...vencedor...pois o verdadeiro vencedor não é apenas aquele que vence...mas aquele que não desiste.

    Ingrid Lima

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    1. Obrigado pelo comentário, Ingrid. Concordo plenamente. Fique com Deus.

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