sábado, 18 de agosto de 2018

Anarquia Mental - Sono REM: Seu Corpo em Pedaços


30 de junho de 2018.
[Há um mês Abel foi diagnosticado com esquizofrenia hebefrênica]
[Ele tem 19 anos. Nasceu no dia 26 de Abril de 1999.].
Sono REM: Seu Corpo em Pedaços
        Abel fora ao posto de vacinação para não virar zumbi como os que passavam na televisão da cidade de Nova York na sala de espera. “É o fim do mundo” comenta um senhor e desmaia. “Socorro, aqui!” começou a gritar Abel. O senhor pegou na perna dele e tentou mordê-la, mas Abel dera um chute no rosto que o fez sentir remorso, mas logo vira a aparência dele mudar como de zumbi. Um segurança o conteve.
        “Dê logo minha vacina, vacina-me logo” pedira Abel um tanto desesperado às enfermeiras. E virou um caos. “Aqui, moço, sua vacina” disse a enfermeira com a injeção na mão já pronta para lhe aplicar. Aplicara, mas Abel vocifera baixinho sentindo dor intensa, pois era forte e ardia. Abel sentiu como se seu braço pegasse fogo, então sacudira até esfriar.
Era noite, houve um apagão. Os olhos das pessoas pareciam duas luzes verdes de vagalumes. Voltou-se a luz rapidamente.
Mas o cenário agora era de uma dogueria. Os cachorros-quentes latiam, e quando eram mordidos choravam. De repente, as pessoas caíram no chão, e cachorros de verdade saíam de seus ventres.
Abel tentou sair do estabelecimento, mas os cães grunhiam confrontando-o enquanto estava com medo num canto. Sorte que entraram zumbis para matarem os cães. Nisso Abel conseguira escapar habilmente.
Era noite, todavia havia pedreiros trabalhando em uma obra do zero. E mesmo que zumbis fossem tentar fazer algo contra eles, estavam armados; então matavam e trabalhavam quando por momentos eram livres de zumbis. Abel observava isso, e como se fosse invisível não lhe era feito algum mal por algum zumbi, e rápida e surrealmente fora construído um luxuoso prédio de 50 andares. Abel decidiu entrar. Pegou um elevador de vidro transparente que dava para ver as pessoas que já trabalhavam em escritórios.
Um homem aguardava o elevador em que Abel estava. Ele saíra para o homem entrar. “Rubrique essa folhas e assine” disse um senhor para Abel. “Antes preciso ler” e contrato estava escrito o seguinte:
CONTRATO DE COMODATO DE AUTOMÓVEL
Comodante: Rafael dos Anjos, nacionalidade: Celestial, estado civil: solteiro, profissão: médico angelical, portador da cédula de identidade RG nº 0435777, e CPF: 555733, residente e domiciliado na rua: Nova Jerusalém, Bairro: Cristo Redentor, CEP: 17702-210, cidade: Moradas São Pedro, estado: Bom Mestre.
Comodatário: Abel Santos Monteiro, nacionalidade: Brasileiro, estado civil: solteiro, profissão: escultor, portador da cédula de identidade RG nº195056 e CPF: 16P715M, residente e domiciliado na rua: 4 de Abril, número: 23, bairro: Centro, CEP: 16566-115, cidade: Marília, estado: São Paulo.
Pelo futuro contrato de comodato de automóvel, têm justo e contratado o seguinte:
DO OBJETO DO CONTRATO
Cláudio 1º: pega logo esse carro, está no estacionamento do prédio, é o único lá.

Olhou Abel ao redor e tudo estava vazio, e agora com as luzes apagadas, era dia e nublado, dando um sentimento de local fantasma.
Pegou então o elevador, e foi para o estacionamento. Lá estava uma BMW branca com asas grandes de anjo recolhidas. “Ta legal”, disse ele contemplando o objeto com grande prazer, agora ansioso para sair de lá e voar com isso. “Preciso de chave”, disse a si mesmo, mas a porta se abrira e as asas começaram a se adejar.
Saíra com o carro atropelando zumbis até que voou e sobrevoou a cidade.
De repente, via um prédio em chamas, e pessoas se suicidando. Ele então quisera evitar mais suicídios. Encontrou uma mulher na janela, abrira a porta do carona e gritou: “Entre”, e ela se adentrou. “Dá pra salvar mais três” pensou. E continuou até achar dois, convidou-os e eles entraram. E mais um, que já estava caindo, abrira a porta, acelerou o voo para pega-lo com o carro na vertical. E aconteceu que entrou o homem caindo fazendo os outros dois que amorteceram a queda por um tempo de amassarem, mas logo voltaram ao normal. “Obrigado cara, por nos salvar”, disse o que estava no meio no banco de trás. “Foi um prazer”, responde Abel.
Uma chama pegou nas asas do carro, de repente tudo se mexia de uma forma que dava medo. Abel tinha que saber pousar, e para alívio de todos conseguiu. A mulher lhe deu um breve beijo, pois de súbito estava em uma cama de hotel (no sonho), sua namorada (Sara) do lado olhava para ele. “Você sonhou, Abel. E eu assisti tudo. Não gostei da última coisa que fez, embora me orgulhe das outras”. “Ela roubou meu beijo”. “Eu sei, por isso rapidamente te transportei para aqui com o meu controle” (Ela mostrava um controle sofisticado na sua mão). “Vai me controlar agora? Você não é assim,” brincou Abel. “Pois hoje estou... Ai, vai lá. Vive seu sonho.” E ela apertou um botão em direção ao rosto de Abel.
Agora Abel estava consciente de que sonhava, porém isso vai durar por pouco tempo.
Estava agora num arraial de festa junina em uma escola. Alguns meninos começaram a brincar perto dele atirando bombinhas que estrondavam forte. “Vou comprar umas dessas”, e foi em uma barraca, depois bebeu um quentão.
Achou que iria assustar a quadrilha com aquelas bombinhas intensas, mas nada. Começou então a sair de cena.
No portão, dois caras (inimigos da vida) para lhe aborrecer. “Mas ora só, se divertindo muito? Pulou muita fogueira aí?” pergunta um. “Chamando atenção com a sua psicose? Pergunta outro. “Você nos deu muita alegria com o seu surto, sabia? Vamos escarnecer quando se internar”. “Você são vermes”, respondeu Abel a eles.
Consciente de que era sonho, dera-lhe um soco na face de um que caiu ao longe no chão. Recebera um chute do outro, mas agarrou a perna no golpe e atirou no portão de uma casa do outro lado da rua. Pegara as pequenas bombas intensas do bolso e atirou neles, explodindo-os pra valer.
Mas nessa hora, com o barulho forte das explosões perdera a consciência de sonho lúcido.
Fora para uma taberna. Comprou um vinho. Um homem trombara nele sem querer e derrubara a garrafa de vinho no chão quebrando-a, e aí Abel lamenta. “Foi mal” disse o homem, “Vem, vamos tomar champanhe, os fogos já vão começar”.
E explodira no céu os rojões e desenharam-se no alto os fogos de artifício. Abel pegou um copo e tomou seu champanhe depois de brindar feliz ano novo com o homem desconhecido. “Era pra eu estar com minha família agora”, pensou. Todos na taberna estavam agora muitíssimos ébrios, menos Abel que estranhava tudo. Como dragões os bêbedos erguiam suas cabeças para o alto e jorravam fogo. A taberna se incendiou, e Abel teve que escapar ligeiramente.
Observava do outro lado da rua a taberna em chamas. Os ébrios com asas de dragões e soltando fogo sobrevoavam o local que chamejava. Logo se dispersaram em várias direções. Um saci de duas pernas se aproximou, e expressou: “Eita, que fogaréu é esse rapá!”. “Então” respondeu Abel. “Fuma um cachimbinho aí?” “Não, obrigado.” “Vai, fuma, é do bom” “Ta legal, dá aqui”. (Observação: Abel não usa drogas ilícitas em estado de vigília). Deu três tragos. De repente, o saci pulava com uma perna só. “Ei, cadê sua outra perna?” “Ta doidão? Eu sou saci, não tenho duas pernas”. “Essa droga lucida?” O saci riu, logo ele riu também.
Chovera rápido. Apagara-se o incêndio e algumas luzes dos postes, deixando tudo mais escuro.
Depois da chuva, Abel contemplou juntamente com o saci: ovelhas e carneiros de lá fosforescentes passando na rua. As ovelhas pulavam portões e muros para se adentrarem em casas. Algumas voltavam, pois cães pulavam o muro para correr atrás das coitadas. Porém, os carneiros com seus chifres impetuosamente investiam contra os cachorros ferozes jogando-os nas paredes que se rachavam bem matando os canídeos.
Abel pulou o muro que uma ovelha pulou para investigar o que acontecia. Descobriu que ela ia para o quarto de um homem que estava aflito com as mãos na cabeça mexendo os dedos no coro bagunçando os cabelos. Viu que ela pulou na cabeça do homem sumindo dando então paz, e o notou dormir tranquilo. Abel sentia uma paz também. Fechou os olhos estava agora deitado num campo de cordeirinhos. Via um pastor de ovelhas com um cajado vestido como Jesus, e que, no lugar de se ver um rosto se via resplendor. “Venha Abel, vamos a águas tranquilas”.
Caminhando Abel viu ao longe um lobo o observando e sentiu certo pavor. Mas quando entrou no rio sentiu sua alma se refrigerar, e olhando para o pastor se sentiu protegido.
Quando fechou os olhos e abriu, uma escada dava para o céu. Subia. Subia. Até chegar ao resplendor. Começou a sentir o Espírito Santo no coração. “Não está na hora, Abel”, disse uma voz, “É preciso terminar sua aventura na Terra.”

(Sonhando) Agora, estava ele na cozinha de sua casa, o fogo que cozinhava as comidas era verde. O seu pai chegou e lhe deu um abraço e perguntou: “Onde você passou o Réveillon? Feliz ano novo meu filho.” E respondera: “Feliz ano novo pai. Numa taberna aí, não sei por que não estava com vocês”. “Se divertiu?” “Foi bem divertido, sim”. “Almoçar. Vamos? Chame a família lá fora.” Foi e chamou.
A mesa estava bem espaçosa (no sonho), sentou-se bastante gente. A sua namorada, sentada, mostrou o controle a Abel. Tomou consciência do sonho de novo, e disse a sua namorada: “Vem amor, agora você vem comigo”. E na sala: “Antes de fazermos qualquer coisa anormal quero lhe beijar”, então a beija por muito. Partiu depois com ela de casa. Havia dois bois parados na rua, com selas para cavalgar. “E cabeça, hein”, brincou Sara, pois foi a mente inconsciente de Abel que fizera isso. Deram seus pulos surreais e sem esforço para se assentarem nos touros. “Aonde vamos?” pergunta Sara. “To sem criatividade. Por aí.” E por aí foram. Um bom tempo de contemplação de paisagens, casas bonitas, prédios fantásticos, pessoas e tudo o mais. O mais surreal era cavalgar em bois passando por cima de carros macetando-os com força descomunal. Abel sabia que não fazia nada de mal a nenhum humano, sabia que eram projeções. Todo esse tempo de montaria durou quinze minutos de sono REM.
Nesse tempo, porém, Abel perdera a presença de Sara e do touro dela, perdera também a consciência de sonho lúcido, e quando saiu da cavalgadura estava no dorso de uma grande dogue alemão, porém o cachorro relinchava. Um homem, de repente, saiu de um carro e friamente dera um tiro na cabeça do cão gigante. “Ei, como pôde?”, Abel vocifera. “Quer levar um tiro também? Fica na sua”, disse o homem. Pegou então o carro e saiu cantando pneu.
No buraco onde estava o ferimento da bala no cachorro, de repente, saíra seis cobras albinas que ficavam com manchas leves de vermelho por causa do sangue. Abel então acreditou que precisava se distanciar, e nele elas foram. Ele então começou a pisar na cabeça delas até acabarem com todas.
Olhou para trás, era a sua casa com uma pichação escrita “Psicos” no portão branco. Quando decidiu entrar em casa, na sala estavam seis adolescentes carecas e albinos que se apresentaram: “Nós somos os psicos, eu sou Peter, ele o Sérgio, ele o Iago, Carlos, Oliver, e esse Samuel”, disse Peter apontando cada um. “Nós temos poderes psíquicos, e por coincidência ou sorte as iniciais dos nossos nomes formam a palavra PSICOS.” “Hehe, foi sorte Peter, as cobras nos elegeram”, disse Carlos. “E agora viemos nos vingar, assistimos a morte delas e então vamos te dar sofrimento”, disse Oliver. Eles então colocam os dedos indicadores e médios na cabeça fazendo Abel sentir uma vibração ruim e uma paralisia. Abel grita: “Socorro”. “Agora fica aí” disse Sérgio. “Mas que diabos estavam na cabeça de um cachorro?” perguntou ainda estático. “Era uma missão, coisa nossa”, disse Peter. “Que missão mais absurda!”.
A paralisia ia durar cinco minutos, enquanto isso a TV fora ligada sozinha, e ele então teve que assistir um trem andando e chamejando, um avião voando normalmente, mas em chamas. Os noticiários mostravam esses meios de transporte deixando os passageiros que eram na verdade capetinhas alaranjados e sapecas. Um dos repórteres reportando aquilo tremendo de medo, disse: “É, o mundo jaz do maligno”. A TV então fora desligada sozinha, e Abel voltou a se mover. Sentiu ele necessidade de rezar, pois lhe dera uma sensação de ter estourado o apocalipse. Foi pro quarto, fechou a janela, deixou escuro, dobrou os joelhos e orou: “Senhor, tem misericórdia”. Uma voz macabra ouvira: “Acalme-se Abel, não precisa ter medo, é só uma tribulação, não, sim, é uma grande tribulação, mas coragem cara”. “Me salva, Deus”. Ele então vira uma luz estando de olhos fechados. De repente uma paz. Abel olhou para o lado, um anjo. “Graças a Deus”, expressa Abel. O anjo sorriu benigno e fora embora. Mesmo o anjo partindo ele teve um sentimento de livramento que permanecia.
Abriu a porta do quarto, estava agora em uma floresta. O sol iluminava deixando o verde mais belo. Índios passavam e cumprimentavam Abel com acenos de cabeças sorrindo. O jovem passa um minuto caminhando no meio do mato e não vê nada de surreal. Até que nublou o céu de nuvens escarlate, para então chover sangue. “Isso é horrível” disse olhando para suas mãos e seus braços ensanguentados.
Nesse momento, apareceram vampiros que deixando as mãos juntas formando um côncavo bebiam o sangue que caía. Abel sentia pavor, não queria sentir seus dentes em seu pescoço, todavia não precisava se preocupar, havia muito sangue fácil para eles, logo se foram como raios. “Quero sair daqui”, pensou.
Repentinamente estava na garagem de sua casa, o carro de seu pai, um Astra preto estava lá. Pegou o carro e foi dar uma volta na cidade.
Entretanto, após andar umas três casas ao olhar para o alto viu naves extraterrestres vermelhas e brilhantes arrazoando a cidade, exclamou: Senhor do céu!
Os habitantes da cidade saíam de incêndios feitos zumbis em chamas, porém a carcaça. Acelerou até pegar a estrada. Porém, o carro de repente se desmanchou. Correra então para uma colina. Perto estava um anjo que pegara em sua mão o levando ao roxeado céu; fez-se planar ao seu lado. Assistira o anjo atirar boa parte de suas penas para a destruída cidade e realizando um milagre surreal: o de reedificar a cidade requintando em glória e devolvendo as pessoas ao normal. Maravilha-se.
Os aliens deixaram suas naves para pelejar contra esse anjo. Assistira como se estivesse invisível para eles. Abel admirava a força suprema que eles todos tinham!

(Outro cenário) Céu claro.
Lindas pétalas caíam quando Abel estava deitado na grama, quando absurdamente sua namorada (Sara) caíra do céu em cima dele. Sentira o baque se assustando fortemente. Ela pedia: “venha, Abel”.
Foi e ela o levou a um lugar bonito de bela paisagem, dentro de um rio de água um tanto rasa, mas o deixou só, porém. Um belo rio, lindas margens, flores e árvores que tinham olhos humanos, sentia certo medo disso. Contudo, os meigos animais, como coelhos, ovelhas, e esquilos davam um ar de harmonia que o sintonizou num bem-estar.
Estava ele na água, essa de repente começou a ficar melada como melaço, mas sem cor de mel, e sim transparente como água. Tentara sair, não conseguia. Os animais observavam-no ingênuos. Com muito esforço fora pra margem, mas se colara nela e gritou de irritação. Vira um marimbondo pousar e ferroar a água-mel e como uma bexiga cheia de água tudo estoura em molho. O rio normalmente corria agora, e um tubarão por ela passou.

(Outro cenário) Parecia estar num deserto de caatinga. Caminhava. Os ossos e carcaças de gados ganhavam vida, mas mansos só andavam.
O céu escurecia superestrelado. De repente, astros cadentes. No horizonte, a queda da enorme lua e como uma bola de boliche rolava. Claro, teve Abel que correr. Não escapou. Com ela esmagado foi ao céu na sua volta. Observava a linda Terra. Descolou-se dela, e flutuantemente voltava, mas pousou não no deserto, mas em uma praia numa linda ilha. Porém, vultos. E não mais. Regardou; a imagem de um demônio sorrindo. “Misericórdia!”, pensou. Ele se foi pra baixo.
No entanto, tranquilidade vinha; o suficiente para sair da praia e adentrar na mata. Em uma árvore estava acoplado um relógio, abaixo um pequeno buraco. Marcava cinco e vinte e cinco. Um cuco fez cuco e voou. O segundo, o terceiro, e o quarto. O quinto demorou um pouco, e voava como o chamando para segui-lo e avante. E então assim fazia. Monstros bizarros apareciam e o seu parceiro de asas rapidamente num golpe só, os destruíam estilhaçando-os. Até que depois de um bom tempo nisso, do outro lado do paraíso amaldiçoado em que fora bem protegido (por algo tão miúdo, mas poderoso como esse cuco), um caminho que dava a um castelo de cartas gigantes.
Uma ave saracura, muito grande, se assentou e verbalmente ofereceu a ele carona para chegar ao destino das cartas. Pegou. Seu parceiro o cuco ainda fazia aquilo com os monstros indesejados que vez ou outra apareciam.
Finalmente chegou e se perguntou, “por que estou aqui?” Por muito tempo a resposta não vinha, sentira certo tédio, e infantilmente dera um chute na base do castelo e esse desmoronou. AAAHHRG! Ouviu tonalmente forte. Era a de um gigante. Uma carta como se fosse um tapete mágico o levava longe. Mas antes que não pudesse ver, via os quatro cucos golpeando um de cada o gigante, e o quinto no meio da testa o derrubou pra trás.
Era como fim de tarde.
A dama de copas como transporte, e com aqueles símbolos de coração o lembrava de que tinha seu amor. Desejou que ela estivesse com ele. “Seu pedido é uma ordem”, disse a dama como se tivera ouvido seu pensamento.
Ela agora estava ao seu lado, sorri pra ela ao mesmo tempo em que via um brilho como uma estrela se aproximar tocando a carta, e a transformando em um tapete brilhante. Era tão macio. Deitaram para observar o céu rico de estrelas. Abel abraçava Sara, no entanto, de repente, ela se empederniu. Dura. “Amor! Amor! O que aconteceu?” indagou Abel.
O tapete traíra a fizera cair, e ele para socorrê-la saltara e caíra para tentar pegá-la. Todavia, ela caíra antes e como estátua de gesso ela se quebra no chão. Abel lamenta depois que caiu e olha ao redor: suas partes então se movimentavam como se estivesse viva e agonizando. Pega ele a cabeça de Sara. Ela fala: “me beija, Abel. Vai ficar tudo bem”.
Então, ele a beija.

Lucas Pestana

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